Atriz
global Claudia Jimenez deixa lesbianismo e sofre com a patrulha anti-moral (da qual grande parte da mídia brasileira faz parte).
Quando a cantora Daniela Mercury publicou em uma rede social foto com
outra mulher dizendo que esta era sua “marida”, a repercussão na opinião
pública foi imediata. A ex-estrela do Axé percorreu todos os programas, pôs tom
político no discurso e se declarou lésbica, mesmo já tendo vários
relacionamentos héteros e filhos. Junto com o par homossexual chegou a escrever
um livro falando sobre o romance. Daniela Mercury foi ovacionada como heroína,
aclamada pela militância LGBT como referência de luta pela bandeira.
Tratamento diferente – bem diferente, diga-se de passagem – foi dado à
atriz Cláudia Jimenez quando terminou o relacionamento de 10 anos com a sua
personal Trainner e sócia,Stella Torreão,em 2008. “Não tinha sensualidade, era
muito mais gorda do que sou hoje. Não tinha forma nem vaidade. Achava que não
tinha cacife para seduzir um homem. Como tinha de ser amada, me joguei nas
mulheres”, declarou a atriz numa entrevista ao jornal Folha de São Paulo.
As declarações da atriz, que não associa homossexualidade a algo inato à
pessoa e sim como comportamento que pode ser superado, deixou a militância LGBT
do país em polvorosa. O site Parada Lésbica classificou a atitude de Claudia
como um “desserviço homofóbico” e ainda
chamou a atriz de “medíocre”. (!!!)
Em outra oportunidade, Claudia revelou trauma sofrido na infância que a
fez se afastar dos homens, um abuso que sofrera aos 7 anos. “Sofri abuso quando
era menina e morava na Tijuca. Um senhor me bolinava. Ele comprava muitos
chocolates e me convidava para entrar na casa dele. [Quando revelei essa
história aos 18 anos] foi um choque para todo mundo. O fato de esse cara ter
feito isso comigo atrasou muito o meu lado. Graças a Deus, ele já morreu”
contou ao UOL.
Depois do convívio de 10 anos com Stela, Claudia passou a se relacionar
com homens. Os veículos de comunicação que publicaram matéria sobre o assunto
foram contidos, não fizeram alardes e não manchetearam a decisão da atriz de
deixar o lesbianismo, justamente o contrário do que fizeram com a cantora Daniela
Mercury, quando esta declarou publicamente que se tornara gay.
Claudia deixou nas entrelinhas que sua opção pelo lesbianismo se deveu a
diversos fatores externos como trauma de infância, rejeição e carência afetiva.
Hanna Korich, uma das sócias fundadoras da Editora Malagueta, editora dedicada
à literatura lésbica, também alfinetou Claudia rotulando as declarações da
comediante de “homofobia internalizada”.
Patrulha LGBT (da qual grande parte da mídia brasileira faz parte).
A militância LGBT na busca pela liberdade acaba oprimindo muitas das
pessoas com comportamento homossexual. A tolerância se torna intolerância. A
cantora Adriana Calcanhoto desabafou à revista Época sobre a ação da patrulha
LGBT, logo quando Daniela Mercury se assumiu lésbica: “Se Daniela ficou feliz
de falar e, se falando, ajudou a causa, eu acho válido. Só não gosto da
patrulha para que você precise sair do armário, isso segmenta. Eu não gosto de
expor minha vida privada por temperamento”.
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Quando Daniela
Mercury saiu do armário foi uma comoção, já a correção de Jimenez foi
recebida com frieza e ataque gratuito de alguns, rotulando-a de "medíocre" e "homofóbica"!
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Walcyr Carrasco também criticou a atuação dos militantes dos movimentos
pró-homossexualismo. “Recentemente, declarei que sou bissexual. Fui apedrejado
por homossexuais, segundo os quais deveria ter me declarado gay. Respondi: tive
relacionamentos com várias mulheres na minha vida, a quem amei. Seria um
desrespeito a elas dizer que tudo foi uma mentira”, escreveu em artigo que
assina para a Revista Época