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sábado, 12 de novembro de 2011

A VERDADEIRA ORIGEM DOS SÍMBOLOS DO NATAL

O DIA 25 DE DEZEMBRO

Para entendermos como surgiu o dia 25 de dezembro, e o que tem esta data a ver com o suposto nascimento de Jesus, é necessário analisarmos alguns fatos.

Em dezembro era celebrada a festa dos Saturnais, dedicado ao deus Saturno, que durava cerca de quatro dias ou mais.

Segundo criam os pagãos romanos, este deus habitava no Lácio - nome proveniente de ter ele se escondido naquela região - Lateré - que significa esconder-se, ocultar-se. E tendo sido recebido pelos homens, lhes ensinou a agricultura, trazendo, segundo a lenda, a chamada "Idade do Ouro".

Anteriormente, era coroado um rei, que fazia o papel de Saturno, quando "usufruia de todas as prerrogativas daquele deus durante um tempo e depois morria, por sua própria mão ou sacrificado".

Esta festa era uma espécie de carnaval, e se dava no chamado solstício de inverno.

Vamos entender o significado de solstício :

Em certos lugares o inverno chega a ser tão rigoroso que não há trabalho. Nesses períodos, as noites são longas e frias. "Este solstício é importantíssimo para os povos nórdicos, porque de dezembro a março o sol se apaga como se prenunciasse o fim da vida. Os pagãos comemoravam a data com festas. Acendiam fogueiras, ornamentavam as ruas com flores e galhos verdes e erguiam altares nas casas. Faziam tudo para agradar os deuses e pedir-lhes que o inverno fosse brando e o sol retornasse redivivo, no início da primavera"

Conhecendo, então, o "sumiço" aparente do sol em certas regiões, fica fácil entender como surgiu o culto ao sol.

O sol tem sua representação no deus greco-romano Apolo, considerado como "Sol invicto" e seus equivalentes entre outros povos pagãos, são diversos: Ra - o deus egípcio; Utu - dos babilônicos; Surya - da Índia; e também Baal e Mitra. Todos estes e as Saturnálias, deram origem ao dia 25 de dezembro, como o dia do sol.

Baal, por exemplo, era o abominável deus dos cananeus, e seu nome significa "senhor". Considerado o deus das montanhas, das tempestades e da chuva, simbolizava a plenitude da vida, e em sua mão estava o poder de provocar as chuvas, o nascimento das fontes, e a fertilidade da terra.

Quando o Império Romano conquistou várias partes do mundo antigo, essa divindade acabou entrando no panteão Romano, através dos escravos importados e mercenários sírios, tendo grande aceitação principalmente porque os romanos procuravam "novas experiências espirituais".

Quanto ao Mitra - deus indo-iraniano - era muito apreciado no exército romano onde apenas homens participavam em recintos fechados - grutas - chamados de "Mithraeum" ou "Spelaeum", muito comum dentro de Roma. Era uma religião de iniciação secreta, com graus, semelhantes aos existentes na maçonaria

Mitra era adorado como deus-sol e comemorado entre os dias 24 e 25 de dezembro, quando, segundo a lenda, teria nascido de uma enorme rocha .Seu nome, de raiz indo-européia, significa: "troca", "contrato" e "amizade" justamente como é considerado: "amigo de todos".

Como Baal e Mitra já eram conhecidos dos romanos, Aureliano (227-275 d.C.), imperador de Roma, estabeleceu, no ano de 273 d.C. , o dia do nascimento do Sol em 25 de dezembro - "Natalis Solis Invicti" - que significa: "nascimento do Sol invencível"

Foi a partir desse ponto que todas as forças do paganismo se uniram para atacar frontalmente a igreja do Senhor Jesus, aliciando, enganando e infiltrando as doutrinas de iniciação aos mistérios para dentro da igreja. O catolicismo romano foi um dos resultados disso.

Mas, para que o plano desse certo apareceu Constantino (317-337 d.C.), imperador de Roma, com uma nova maneira de abordar os cristãos.

Segundo uma lenda, antes da batalha contra Maxêncio, ele teve uma visão da cruz contra o sol, e uma mensagem que dizia, "com este sinal vencerás". Constantino era adorador do Sol. Conseguindo a vitória, Constantino, aparentemente, apoiou os cristãos e decretou o Édito de Milão em 313, dando liberdade de culto aos cristãos e trocando, dessa forma, a perseguição pela tolerância tão desejada.

Mas também "estava resolvido a recompensar a religião de seu novo patrono de maneira digna de um Imperador Romano."

Privilégios e grandes somas de dinheiro foram doados às igrejas de todas as municipalidades".

Ele "legalizou" o cristianismo perante o mundo pagão e "os sacerdotes cristãos tiveram direito à mesma insenção fiscal concedida aos de outras religiões".

Na verdade, Constantino igualou o "cristianismo" com o paganismo. Realmente, foi uma boa estratégia. Os cristãos, antes cruelmente perseguidos, agora, receberam do imperador a liberdade de culto, e passaram a enfrentar um novo problema: a interferência do Estado na Igreja. Constantino comprou os sacerdotes romanos, conseguiu aliciar, e por fim, de fato, governou a igreja de Roma, e passou a introduzir nela os ritos pagãos.

Como adorador do Sol, não resta dúvida a sua influência: ele fez do dia 25 de dezembro uma festa cristã, para que se celebrasse o nascimento de Cristo. Ele fez da festa de Mitra, Baal, Osíris, Apolo, e outros deuses abomináveis, a festa do nascimento de Cristo - Uma forma de sincretismo religioso.

Talvez, Constantino seja considerado convertido a Cristo. Se isso for verdade, porém, ele foi devidamente utilizado para a circunstância. Esta é uma prova de que a sinceridade não livra ninguém dos erros da ignorância, e nesse caso, ignorância espiritual que é um pecado. Repito: se Constantino realmente era salvo pelo sangue de Cristo, isto não quer dizer que ele não foi utilizado por Satanás.

Mas há evidências de que sempre existiram verdadeiros cristãos que não comemoravam o Natal. Talvez poucas, pois, a História (dos homens) jamais se preocuparia em registrar evidências que não sejam para agradar o mundo. Porém, sempre escapa algumas dessas provas: "a comemoração do Natal a 25 de dezembro não foi passivamente aceita por todas as igrejas cristãs, em virtude de sua identificação com a festa pagã do solstício. A controvérsia levou o clero armênio (liderança religiosa) a considerar os sacerdotes romanos como idólatras".

"Não se sabe a data precisa do nascimento de Jesus. Os primeiros cristãos não celebravam Seu nascimento porque consideravam a comemoração de aniversário um costume pagão".

A ÁRVORE DE NATAL

Como os cultos pagãos estão ligados às estações do ano, conseqüentemente deram origem ao culto solar.

Porém, as estações do ano estão ligadas também ao ciclo do florescimento da vegetação.

Surgiu, assim, a adoração à plantas, particularmente à árvores. E para dar sentido à esta adoração, os pagãos associaram os seus deuses às respectivas árvores.

No Egito, por exemplo, o deus Osíris "personificava o crescimento da vegetação e das forças criadoras do Nilo", sendo representado, pelo cedro. Outros deuses de outros povos tinham suas representações vegetais: Átis, o abeto (pinheiro), Júpiter , a azinheira, Apolo, o louro, e mais uma infinidade de outros deuses e suas árvores, que não vale a pena mencionar aqui.

Contudo, a Bíblia registra sobre esta abominável modalidade de culto pagão, quando fala sobre a Ashera.

Esta era uma deusa cananéia, chamada também de "Ashera-do Mar", ou "Senhora do Mar", cujo filho era o tão mencionado Baal.

Símbolo da fertilidade, para quem era praticada a prostituição cultual, pois tinha o seu equivalente: Asterot (ou Astoret) e Astarte - deusa semítica da vegetação. Era representada por uma figura feminina nua, segurando os dois seios, numa atitude de lascívia. Era também representada por uma espécie de árvore, provavelmente trabalhada. Esta representação é citada em várias passagens bíblicas : I Reis 16:33; 18:19; II Reis 13:6; 17:16; 18:4; 21:3; etc,.

Havia também para esta deusa, imagens esculpidas (II Reis 21:7), vasos (II Reis 23:4), cortinas (II Reis 23:7), e profetas (I Reis 18:19).

Porém, quando Gideão destruiu o altar de Baal e cortou a Ashera, mostrou que se tratava de uma árvore: "...disse o Senhor a Gideão; Toma um dos bois de teu pai, a saber, o segundo boi de sete anos, e derriba o altar de Baal que é de teu pai, e corta a asera que está ao pé dele.

Edifica ao Senhor teu Deus um altar no cume deste lugar forte, na forma devida; toma o segundo boi, e o oferece em holocausto, com a lenha da asera que cortaste". (Juízes 6:25-26)

***Ora, lenha não se tira de uma estátua, e sim de árvores.

Outra prova evidente está na seguinte passagem:

"Não plantarás nenhuma árvore como asera , ao pé do altar do Senhor teu Deus, que fizeres". (Deuteronômio 16:21).

Segundo Davis, a Ashera, cujo plural é Asherim, é o nome de algum tronco de árvore da qual eram tirados os ramos, e se tornava símbolo de uma deusa com este nome de Aserá ."

Na Bíblia de tradução de João Ferreira de Almeida, na versão "Revista e Atualizada" é traduzido por "bosque" ; na versão "De Acordo com os Melhores Textos em Hebraico e Grego", como também na esgotada "Tradução Brasileira" mantém-se a palavra original - Ashera.

Porém, uma coisa está bem claro: Esta deusa, representada, às vezes, por uma estatueta, era também representada por uma árvore considerada sagrada, ou o seu tronco, pois ela podia ser plantada. (Deuteronômio 16:21).

Hoje, o enfeitado pinheiro de Natal tomou o lugar da Ashera. Ele é colocado até defronte dos púlpitos, como se o Senhor Jesus tivesse algo a ver com tão abominável símbolo. (pense bem! O que tem a ver a pessoa do Senhor com o pinheiro¿)

No passado, o pinheiro estava ligado aos povos bárbaros, e o culto à árvores sagradas era muito apreciado pelos romanos. Eles tinham, por exemplo, o carvalho sagrado de Diana, localizado num bosque também considerado sagrado - o "Santuário de Nemi".

Os bárbaros, particularmente os germanos e celtas, criam no chamado "espírito da árvore", entidades que habitavam dentro das árvores, principalmente nos carvalhos mais velhos.

Para os germanos, o carvalho era a árvore do deus Donar, chamado também de Thor, Odin, Wodan. E foi com eles que, o pinheiro de Natal teve o seu impulso inicial, dado por missionários católicos.

Vilfrido, um desses missionários, quando pregava aos pagãos da Europa, teve problemas com o culto às árvores. Em frente à sua igreja havia um velho carvalho, e os bárbaros criam que ali dentro habitava um espírito. Na tentativa de convencê-los que suas crenças eram infundadas, ele resolveu derrubar a árvore. Coincidentemente, armou-se uma tempestade e no momento em que a árvore caiu, um raio despedaçou o seu tronco, espalhando-o por todos os lados. Havia, porém, um pinheirinho no local da queda que nada sofreu.

Para os bárbaros, ficou óbvio que era a manifestação de Donar, acompanhado de sua comitiva: tempestade e relâmpagos. Portanto, não tinham nada a perder quando Vilfrido declarou que aquela manifestação era do Deus dos cristãos, e que o pinheirinho passara a ser do menino Jesus.

Outra história, conta que Bonifácio (673-754 d.c.), quando encontrou os bárbaros adoradores de árvores, em Geismar, Alemanha - centro religioso desses povos - resolveu derrubar um velho carvalho, e com a madeira edificou uma igreja em homenagem a "são" Pedro.

O culto às árvores sempre sobreviveu, e em 1539 havia ornamentação com árvores nas casas e nas igrejas. Em 1671, havia comemorações na França, com árvores enfeitadas, provavelmente introduzidas por Charlotte Elizabette da Baviera, princesa do Palatinado; e assim chegou até aos nossos dias.

Quanto aos enfeites das árvores de Natal, segundo a Enciclopédia Delta Universal (vol. 10 pag. 5608, da edição de 1980), são diversas as suas procedências. Provavelmente começaram com os escandinavos que decoravam suas árvores com redes de pescas, assim como os poloneses que o faziam com velas e ornamentos de papel brilhante.

Pr. Aparício Gomes

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