A origem dos ovos e coelhos é antiga. Ele é relacionado
ao culto ao deus da fertilidade celebrado pelos babilônicos e depois
transportado para o Egito. A partir do século VIII, foi introduzido nas
festividades da páscoa um deus teuto-saxão, isto é, originário dos germanos e
ingleses. Era um deus da fertilidade e a luz. À figura do coelho juntou-se o
ovo que é símbolo da própria vida. Ensina-se que o ovo aparentemente morto,
contém uma vida que surge repentinamente; e sendo este o sentido para a Páscoa,
após a morte, vem a ressurreição e a vida, a Igreja católica romana no século
XVIII, adotou oficialmente em seus costumes o ovo como símbolo da ressurreição
de Cristo. Assim
foi santificado um uso originalmente pagão, e pilhas de ovos
coloridos começaram a ser benzidos antes de sua distribuição aos fiéis. Em 1215 na Alsácia, França, surgiu a lenda de que um dos
coelhinhos da floresta foi o animal escolhido para levar um ninho cheio de ovos
ao principezinho que estava doente. E ainda hoje se tem o hábito de presentear
os amigos com ovos, na Páscoa. Não mais ovos de galinha, mas de chocolate. A
idéia principal ressurreição, renovação da vida foi perdida de vista, mas os
chocolates não, ele continuam sendo supostamente trazidos por um coelhinho...Mas vejamos agora, qual é a verdadeira origem da
Páscoa? (Êxodo 12.01 a 13)· A
Páscoa não tem nada a ver com ovos nem coelhos. Sua origem remonta os tempos do
Velho Testamento, por ocasião do êxodo do povo de Israel da terra do Egito. A
Bíblia relata o acontecimento no capítulo 12 do livro do Êxodo. Faraó, o rei do
Egito, que usava todo o povo de Israel como escravos, não queria deixar o povo
de Israel sair pra viver em liberdade, então 10 pragas vieram sobre ele e seu
povo. A décima praga porém, foi fatal e terrível: a morte dos primogênitos - todos os filhos mais velhos morreriam.
Segundo as
instruções Divinas, cada família hebréia deveria sacrificar um
cordeiro e espargir o sangue nos umbrais das portas de
suas casas.· Este
era o sinal, para que o anjo de Deus, não atingisse esta casa com a décima
praga. A carne do cordeiro, deveria ser comida em família juntamente com pão
não fermentado e ervas amargas, preparando o povo para a saída do Egito. Segundo a
narrativa Bíblica, à meia-noite
todos os primogênitos egípcios, inclusive o primogênito do Faraó foram mortos.
Então Faraó, permitiu que o povo de Israel fosse embora, com medo de que todos
os egípcios fossem mortos.· Em
comemoração a este livramento extraordinário, cada família hebréia deveria celebrar
anualmente a festa da Páscoa, palavra hebraica que significa
"passagem" "passar por cima". Esta festa, deveria lembrar
não só a libertação da escravidão egípcia, mas também a libertação da
escravidão do pecado, pois o sangue do cordeiro, apontava para o sacrifício de
Cristo, "o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo".· Ao
adotar a Páscoa como uma de suas festas, a Igreja Católica, inspirou-se
primeiramente em motivos judaicos: a passagem pelo mar Vermelho, a viagem pelo
deserto rumo a terra prometida, retirando a peregrinação ao Céu, o maná que
exemplifica a Eucaristia, e muitos outros ritos, que aos poucos vão
desaparecendo. Esta festa foi estabelecida por ela no Concílio de Nicéia, no
ano de 325 de nossa era.
· A
maior parte das congregações (igrejas) evangélicas porém, comemora a morte e a
ressurreição de Cristo através da Cerimônia da Santa Ceia. Na antiga Páscoa
judaica, as famílias removiam de suas casas, todo o fermento e todo o pecado,
antes da festa dos pães asmos. Em semelhança, devemos nós, os cristãos
confessarmos os nossos pecados e deles arrepender-nos, tirando o orgulho, a
vaidade, inveja, rivalidades, ressentimentos, com a cerimônia do lava-pés,
assim como Jesus fez com os discípulos. Jesus instituiu uma cerimônia memorial,
a ceia, em substituição à comemoração festiva da páscoa. I Coríntios
11:24 a 26 relata o seguinte:· Jesus
tomou o pão, "e tendo dado graças o partiu e disse: Isto é o meu
corpo que á dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por semelhante modo,
depois de haver ceado, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no
Meu sangue, fazei isto todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque
todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do
senhor, até que ele venha."· Vários
símbolos nesta ceia merecem nossa atenção. O ato de partir o pão, indicava os
sofrimentos pelos quais Cristo havia de passar em nosso favor. Alguns pensam,
que a expressão "isso é o meu corpo" signifique o pão e o vinho se
transformassem realmente no corpo e no sangue de Cristo. Lembremo-nos portanto,
que muitas vezes Cristo se referiu a si próprio dizendo "Eu Sou a
porta" (João 10:7), "Eu sou o caminho" (João
14:6) e outros exemplos mais que a Bíblia apresenta. Isto esclarece, que o
pão e o vinho não fermentado, são símbolos e representam o sacrifício de
Cristo. Ao cristão participar da cerimônia da ceia, ele está proclamando ao
mundo sua fé no sacrifício expiatório de Cristo e em sua segunda vinda. Jesus
declarou: "Não beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que
o hei de beber convosco no reino de Meu Pai." ( Mateus 26:29)· Portanto,
a cerimônia da Santa-Ceia, que Jesus instituiu, que veio a substituir a
cerimônia da Páscoa, traz muitos significados:
1 - O Lava-Pés, significa a humilhação de Cristo. Mostra a necessidade de
purificar a nossa vida. Não é a purificação dos pés, mas de todo o ser, todo o
nosso coração. Reconciliação com deus, com o nosso próximo e conosco mesmo -
união - não somos mais do que ninguém. O maior é aquele que serve...2
- A Ceia significa a libertação do Pecado através do sacrifício de
Cristo. Significa também estar em comunhão com ele. E sobretudo, é um antegozo
dos salvos, pois Jesus disse: "Não beberei deste fruto da videira,
até aquele dia em que o hei de beber convosco no reino do meu Pai. (Mateus
26:29)CONCLUSÃO:
Advertindo a cada cristão, que
tome cuidado com os costumes pagãos que tentam sempre driblar os princípios
bíblicos. Não é de hoje, que se nota como os princípios bíblicos são alterados
por costumes e filosofias humanas. Adoração a ídolos, a mudança do sábado para
o domingo, o coelho e o chocolate, são apenas alguns exemplos das astúcias do
inimigo. A Bíblia, e a Bíblia somente, deve ser única regra de
nossa fé, para nos orientar, esclarecer e mostrar qual o caminho certo que nos
leva a Deus e que nos apresenta os fundamentos de nossa esperança maior que é
viver com Cristo e os remidos, num novo céu e numa nova terra. Devemos tomar
cuidado com as crendices, tradições, fábulas, e mudanças humanas disfarçadas.
Minha sugestão é examinar com oração, cuidado e com tempo as Sagradas
Escrituras, para saber o que hoje é crendice ou tradição, estando atento, para
saber o que realmente deus espera de cada um de nós. Jesus foi claro "Fazei isto em memória de
mim." Ele exemplificou tudo o que deve ser feito. E se queremos ser
salvos, precisamos seguir o que Jesus ensina e não outras tradições ou
ensinamentos. Mateus 15:9 adverte: "Em vão me
adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens."
Pr.
Aparício Gomes
01.04.2012